“Academia”. Do grego “Akademia”, nome de um bosque de oliveiras que havia próximo a Atenas e frequentado por “Academo”, um herói ateniense que teria revelado a Castor e Pólux onde estava sua prima Helena, aquela heroína da Ilíada, o célebre poema de Homero.
O conceito atual do termo data do século XV, inicialmente na Itália quando os humanistas procuraram reavivar ou reviver a cultura clássica e, posteriormente na França, quando, pela primeira vez aparece, sob a difusão de Clément Matot, a expressão “nobre academia”. No Brasil, as Academias surgiram no século XVII, sendo a mais antiga a que surgiu na Bahia e denominada Academia Brasílica dos Esquecidos .
Em Juiz de Fora, nossa Academia Maçônica de Letras surgiu por iniciativa de dois destacados e cultos Maçons, os Irmãos Boanerges Barbosa de Castro e José Soares que tiveram a iluminada ideia de se criar em nosso oriente um Areópago semelhante aos existentes em outras cidades. Ideia consumada, a reunião preparatória foi realizada na A.:R.:C.:L.:S.: “Benso di Cavour”, em 15 de novembro de 1990, com objetivo precípuo de congregar Maçons interessados em estudos filosóficos, que apreciassem as pesquisas em Maçonaria e se dedicassem ao apurado prazer de discutir cultura.
Em 1993 surge o órgão oficial de comunicação da Academia, a revista “O Malhete”. No ano seguinte, é considerada de “Utilidade Pública Municipal”. Em 1998 foi criado, com grande aceitação e sucesso, o “Concurso Nacional de Poesias Acadêmico Antônio Carlos Furtado”, este ano em sua 17a edição. Posteriormente é criado o “Concurso Histórico- Literário” voltado aos alunos do ensino fundamental das Escolas (Públicas e Privadas) do nosso e de municípios espalhados pela micro região da Zona da Mata. Este Concurso oferece prêmios em dinheiro, medalhas e diplomas aos três vencedores e seus respectivos estabelecimentos de ensino. Neste ano realizar-se-á o 12o Concurso, como tema: “As Redes Sociais e Sua Influência Sobre a Família”.
O logotipo da Academia é um livro, uma pena por sobre ele e, um pouco acima, um triângulo equilátero com a letra G em seu interior. O dístico é “Sic itur ad astra” – “Assim se vai às estrelas” (de verso de autoria do poeta romano Virgílio).
São considerados membros fundadores (ordem alfabética), com seus respectivos Patronos: Adair Ribeiro / Castro Alves - Antônio Carlos Furtado / Tobias Barreto - Boanerges Barbosa de Castro / Visconde do Rio Branco - Demétrius Pavel Bastos / Pestalozzi - Geraldo Magela Mendes / Santos Dumont - Gérson Occhi / Ruy Barbosa de Oliveira
-José Lopes Pereira Filho / Tiradentes - José Soares / Silva Jardim -José Suarez da Motta / Joaquim Gonçalves Ledo - Kleber Domingues Lima / Nilo Peçanha - Raymundo Feliciano das Graças / Max Hendel - Tabajara Ferreira Leite de Toledo ́Saldanha Marinho - Walter Bastos Geraldo / Leonardo Da Vinci.
A primeira Diretoria foi constituída pelos seguintes Indeclináveis Acadêmicos: Presidente / Boanerges Barbosa de Castro - Vice-presidente / José Soares - Secretário / Antônio Carlos Furtado - Tesoureiro/ José Suarez da Motta - Orador / Tabajara Ferreira Leite de Toledo. A Diretoria atual é composta pelos seguintes Indeclináveis Acadêmicos;
Presidente / Geovan Belarmino de Almeida (Pitágoras) - Vice- Presidente / Marcel Vilela de Lima (Benito Cupolillo) - Secretário / Wantuil de Almeida Costa (Wuppschlander Lage) - Tesoureiro / João Carlos Gomes (Célio Grunewald). Aproveitando este espaço gentilmente cedido pelo Informativo União, agradecemos à querida e centenária Loja “Benso di Cavour” pela gratuita cessão de suas instalações para que lá aconteçam, bi-mensalmente, nossas reuniões ordinárias. Também nosso especial agradecimento ao Irmão Nelmo Amaral Fortes (“Benso di Cavour”) fornecedor do tradicional chá com biscoitos aos Acadêmicos. E ao garçom Denísio, pela gentileza e competência no desempenho de sua função.
A Academia Maçônica de Letras de Juiz de Fora e Região é uma Instituição importante, não somente pelo seu passado de 25 anos, mas, sim, pelos nomes que por ela transitaram, além dos atuais titãs da intelectualidade maçônica deste oriente e de outros da nossa micro região. Composta por 25 Cadeiras, esperamos, em novembro vindouro, na solenidade especial comemorativa das Bodas de Prata, preencher, com Maçons qualificados e amantes das Letras, Artes, Ciências, as atuais vagas abertas devido à transferência, para a “Academia Celestial”, de quatro valorosos e inesquecíveis “Imortais”!
Colaboração do Ven.: Ir.: Boanerges Drummond Barbosa de Castro da ARLS Boanerges Barbosa de Castro e da Academia Maçônica de Letras de Juiz de Fora.
![]() Idealizador O Ven.: Ir.: Boanerges Barbosa de Castro |
![]() Idealizador O Ven.: Ir.: José Soares |
Você sabia História da ARLS Fidelidade Mineira
«Sessão Magna de Posse e Instalação da Loja "Fidelidade Mineira", de Juiz de Fora (MG), datada de 1o de junho de 1873 temos:
(...) O Mestre de Cerimônias, por ordem do Venerável, introduz no tempo os visitantes (...) A Comissão Regularizadora, que se compõe do Grão-Mestre, Comendador Joaquim Saldanha Marinho, Padre José Luiz de Almeida Martins, Quintino Bocaiúva, Francisco Antunes da Silva Guimarães e Nuno Telmo da Silva e Mello (...) Seguiu-se uma brilhante locução do Grão-Mestre (...) O Grão- Mestre convida o Irmão Grande 1oVigilante a dirigir os trabalhos enquanto ele cobria o Templo (...) Pouco depois faz a sua reentrada com as solenidades, trazendo pela mão a escrava Honorata, de 14 anos. Para sua liberdade tinha a quantia de 411$000 (400 mil réis), e retomando o malhete fez anunciar à Loja a liberdade de Honorata (...) A Oficina neste ato levantando-se aplaudiu este ato de cavalheirismo e filantropia, demonstrando todos os elevados sentimentos que cresciam em seus corações. Os Irmãos Venerável e Secretario cobrem o Templo e voltando, conduzem uma escrava de nome Thereza de 18 anos, para ser auxiliada pela Loja de ordem a ser considerada livre daquele momento em diante, e consultada a Loja foi com entusiasmo devidamente aplaudida e adotada a idéia.
Dessa maneira é, portanto inegável que a libertação negra não deu- se exclusivamente pelas investidas inglesas, mas principalmente peãs mãos dos maçons. Os processos elaborados pela maçonaria para acabar com o escravismo possuíam um caráter filosófico, tendo como preocupação mudar a mentalidade coletiva através não somente do empirismo, mas principalmente do humanismo e do humanitarismo. Essa mudança de pensamento deveria surgir do próprio indivíduo espontaneamente ao invés de ser uma imposição.»
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