Uma do Ir∴ G. Wappschlander Lage

1 de Março de 2015

 No dia 04 de dezembro de 2014 celebramos o centenário de nascimento desse querido e saudoso Irmão, exemplo de virtudes maçônicas, vida pessoal absolutamente escorreita, dedicado obreiro da seara espiritual.

Fui gentilmente convidado por membros de sua família para saudar, naquela data, o auspicioso evento e, assim, nos dirigimos à Casa Espírita “Frederico Júnior”, por ele fundada. Obviamente, qualquer pessoa que o tenha conhecido e/ou convivido com alguém da estatura moral, expressão máxima de dignidade e bondade somente poderia direcionar a ele os elogios que um Ser humano de bem faz por merecer.Trago, daquela agradável reunião, a seguinte “historinha” (entre tantas que permearam sua profícua existência):

____ O Irmão Lage exerceu várias atividades em sua vida e, além de Jornalista, foi, durante alguns anos, Investigador de Polícia Civil. Nessa época, tinha ele admoestando-o frequentemente.


Numa das ocasiões em que, mais uma vez, foi submetido a indevido constrangimento no local de trabalho, o Irmão ousa declarar ao “Chefe” que “aquela seria a última na qual ele receberia tão enérgica e injusta repreensão”.


Segue a vida e, incentivado pela nossa cunhada Therezinha, ele é aprovado em vestibular para a Faculdade de Direito e forma-se Advogado. Resolve prestar concurso para Delegado de Polícia e, obtendo êxito, foi designado para atuar em... Juiz de Fora!

Assumindo seu cargo, lembra-se de seu antigo “Chefe” (agora, seu subordinado) e pede que ele se apresente em seu gabinete.


Preocupação, ansiedade, temor de revide, quase pânico. “Agora estou “frito”, ele vai me “esculachar”, pensou o outrora “Chefe” e agora sob as ordens do novo Delegado. Sem alternativa, segue, conformado, para o seu “calvário”. Bate à porta. É convidado a e cumprimenta: “bom dia, Doutor” (sim, agora “ele” era “Doutor” e seu “superior funcional” – o “chicote” estava com “ele”).


É recebido amistosamente, convidado a sentar-se, para sua surpresa. O que ele fará?

Fala o sábio Irmão Lage, em tom quase paternal: “Preciso lhe agradecer”. “Agradecer? Como? “O Doutor Delegado ficou maluco”? pensou. Eu, é fato, o perseguia frequentemente quando ele era Detetive e agora ele, Delegado, quer me ... agradecer? Então, explica nosso reverenciado Irmão: “se não fosse por suas implicâncias, por suas injustificadas “broncas”, eu não teria tomado a decisão de estudar Direito e, formando-me Advogado, adquiri condição para prestar concurso para Delegado da Polícia Civil. Você, por vias “tortas”, tornou-se o principal incentivo, o impulsionador dessa mudança radical que tive em minha vida”!!!


Quantos tomariam a mesma atitude do Irmão Lage? Podendo optar pela prepotência, que o cargo, agora, talvez lhe “conferisse”, decide, simplesmente, manter- se humilde e reconhecer que seu “algoz de ontem” foi, na verdade, o responsável por seu crescimento profissional, proporcionando substancial transformação em sua vida.

Esta é somente uma entre tantas histórias conhecidas de um Irmão que dignificou sua honrada e digna existência, que só aumenta a admiração de quem teve a felicidade de conhecê-lo.

Colaboração do Ir Boanerges Drummond Barbosa de Castro da ARLS Boanerges Barbosa de Castro –Juiz de Fora -MG e Academico da Academina de

“O Ir Ven Mest G. Wappschlander Lage foi obreiro das lojas abaixo” 

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